Autora: Denise Maria
Antônio
Estudante do curso de
Licenciatura em Ciências Sociais pela UNICID ( Universidade da Cidade de São
Paulo)
Palavra-chave: Blocos
econômicos, Brasil e União Europeia.
Introdução
A
monografia inicia descrevendo alguns dos principais acordos econômicos durante
toda à História e sua influencia em nossa sociedade. Em seguida, os problemas
que levaram a crise da União Europeia e a importância do MERCOSUL de não
repetir os mesmos erros. Por fim, o acordo do Bem- Estar animal assinado em 24
de janeiro de 2013, no Palácio dos Bandeirantes, em Brasília, entre Brasil e
União Europeia, focando o aumento dessa relação tanto para a Europa que precisa
sair dessa crise, como para o Brasil, ou melhor, MERCOSUL, expandir suas
mercadorias para o Velho Continente.
Acordos
político na História
O Tratado de Tordesilhas impediu um conflito entre as duas nações
ibéricas e consagrou o princípio da livre movimentação de conquista e
exploração, desses dois países, nos domínios reservados.Enquanto na América Latina, podemos destacar a abertura
dos porto brasileiros em 1808 por Dom João VI em relação a Inglaterra, após a
sua chegada ao Brasil no mesmo ano, fugindo de Napoleão Bonaparte que decretou
o Bloqueio Continental, o rei português contou com a ajuda dos ingleses para
fugir e em troca o príncipe ordenou a abertura
dos portos brasileiros, acelerando a economia inglesa. Além disso concedeu
privilégios aos ingleses no Brasil e às relações comerciais. Com a abertura dos portos em 1808 acabou a
exclusividade da colônia de comercializar com a metrópole, sendo possível em
diante comercializar com outros países e dar início a independência.
Essa atitude de D. João ao realizar a
abertura dos
portos se deu por dois motivos:
portos se deu por dois motivos:
1- O impulsionamento no comércio
internacional, possibilitando maior liberdade comercial.
2- Os benefícios para a Inglaterra que passou a negociar com o Brasil e a pagar menos impostos sobre seus produtos.
2- Os benefícios para a Inglaterra que passou a negociar com o Brasil e a pagar menos impostos sobre seus produtos.
Com as independências das Américas no
final do século XIX,na Ásia e África nos meados dos séculos XX, das duas
Grandes Guerras Mundiais ( 1914/1918 e 1939/1945) e da Guerra Fria (1940 a
1989) entre Estados Unidos ( capitalista) e a ex- União Soviética (
socialista), acordos foram sendo criados para fortalecer a economia desses
novos países independentes. Entre algumas delas
podemos citar a OTAN (Organização Tratado do Atlântico Norte), organização
internacional que uniu as nações capitalistas da Europa Ocidental e os Estados
Unidos para a prevenção e defesa dos países membros contra eventuais ataques
vindos do Leste Europeu. O mesmo ocorreu com O Pacto de Varsóvia assinado pelos
países socialistas do Leste Europeu e pela União Soviética. O tratado
correspondente foi firmado na capital da Polônia, Varsóvia, e estabeleceu o
alinhamento dos países membros com Moscovo, estabelecendo um compromisso de
ajuda mútua em caso de agressões militares.
Na década de 1990 do século XX, após o fim da Guerra Fria,
com a queda do Muro de Berlim em 1989, blocos econômicos começaram a surgir
para atender as necessidades comerciais de todos os países. Entre eles podemos
citar o NAFTA (North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano
de Livre Comércio) é um bloco econômico formado por Estados Unidos, Canadá e
México. Foi ratificado em 1993, entrando em funcionamento no dia 1º de janeiro
de 1994. Podemos também relatar a ALCA (Área de Livre Comércio das
Américas),que foi idealizada pelos EUA e prevê a isenção de tarifas
alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados
Em destaque , podemos citar o MERCOSUL
(Mercado Comum do Sul),ele é formado pelos
seguintes países: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela iniciou
sua participação em 2006. O objetivo da criação desse bloco se deu
devido ao aumento do poderio
norte-americano, fazendo com que os outros países latinos perceberem a
necessidade de se unirem para conseguirem crescer. Assim, a união em blocos,
como Mercosul, União Europeia, e outros, tem a finalidade de, com o livre
comércio entre eles, se fortalecerem mutuamente.
E em relação a União Europeia, o que ela significa? A
União Europeia é uma organização
internacional constituída atualmente por 27 estados membros(Alemanha, Áustria,
Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,
Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia,
Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca,
Romênia e Suécia). Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União
Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos
aspectos desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em
Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.
A União Europeia tem muitas facetas, sendo as mais
importantes o mercado único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o
euro, adotado por 16 dos 27 estados membros) e políticas agrícola, de pescas,
comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve também várias
iniciativas para a coordenação das atividades judiciais e de defesa dos Estados
Membros.
O que percebemos é que com a criação de blocos econômicos
em todo o processo histórico fez com que países crescessem economicamente e se
manteve ou teve uma queda e passa por dificuldades em todos os setores sociais,
políticos e econômicos e que se reflete em outros países, fazendo parte ou não
do mesmo bloco.
União Europeia : um grupo em
crise
A União Europeia passa por momentos difíceis desde 2008,
quando explodiu a crise econômica nesse continente. Mas o que seria essa crise
econômica europeia? Com o avanço da globalização econômica, a crise se espalhou
por todo o mundo, derrubando bolsa de valores e aumentando o pessimismo na
esfera econômica.
Alguns países, como a Grécia, gastaram além do que tinha
conseguidos arrecadar dos seus impostos, acumulando dívidas e mais dividas, não
conseguindo arcar com seus compromissos. O mesmo ocorre com a Itália, Espanha,
Portugal e Irlanda, países vistos com desconfianças pelos grandes investidores
por não possuírem reservas financeiras. Com a crise, a União Europeia passa por
seguinte dificuldades:
1- Fuga de capitais de investidores;
2- Escassez de crédito;
3- Aumento do desemprego;
4- Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas
pelos países como forma de conter a crise...
Para
melhorar sua situação, a União Europeia volta a olhar blocos que estão em
estabilidade para formar acordos e reabilitar sua situação, é o caso da sua
aproximação do MERCOSUL, em especial com o Brasil, em tentar se reencontrar
economicamente e voltar a valorizar o Euro.
O
que o MERCOSUL pode aprender com a crise da União Europeia?
Com
toda essa turbulência do continente europeu, os países da América Latina estão
se fortalecendo, e tornando países emergentes no inicio desse século. Seria um
paradoxo da História, ou seja, antes o Velho Continente era que dava as ordens,
hoje, são ex-colônias que conquistam o seu espaço no mercado político, social e
econômico.
Na
opinião de Antonio Lassance, professor de Ciência Política e pesquisador do Ipea,
no momento atual, o Mercosul reúne mais razões de otimismo que os demais
blocos:
“A União Europeia, sob crise aguda, vive um de seus
piores momentos. O North America Free Trade Agreement (Nafta) acentuou os
problemas da economia mexicana, e os Estados Unidos patinam para superar a
recessão. A Ásia Pacific Economic Cooperation (Apec), além de muito heterogênea
e pouco institucionalizada, pouco avançou diante da competição entre seus
países, que disputam muitas vezes o mesmo espaço”.
O Brasil possui uma posição de destaque no MERCOSUL, e para que não
ocorra o mesmo erro de países colonizadores, ele vem conversando e orientando
os países da América do Sul, em conferencias e reuniões ,para que tudo o que
for discutido entre esses países, haja acordo e compreensão para todos. Fato
esse que não ocorreu na Europa, fragilizando assim sua economia e seu bloco
econômico.
Pra enfatizar a importância do Brasil, o autor Luiz Alberto Moniz
Bandeira, em seu prefácio do livro Relações Brasil-Estados Unidos no
contexto da globalização: rivalidade emergente( São Paulo: Editora Senac,1997), define
da seguinte maneira a importância do Brasil no MERCOSUL:
“(Desenvolvemos) uma política altiva, ativa,
soberana, não intervencionista, não impositiva, não hegemônica, que luta pela
paz e pela cooperação política, econômica e social, em especial com os países
vizinhos e irmãos sul-americanos, começando pelos países sócios do Brasil no
Mercosul, um destino comum que nos une, com os países da costa ocidental da
África, também nossos vizinhos, e com países semelhantes: com mega-populações,
mega-territoriais, mega-diversos, mega-ambientais, mega-energéticos,
mega-subdesenvolvidos, mega-desiguais. Nossos verdadeiros aliados são nossos
vizinhos, daqui e de ultramar, com os quais nosso destino político e econômico
está definitivamente entrelaçado, e nossos semelhantes, os grandes Estados da
periferia”.
O
objetivo do MERCOSUL não difere ao da União Europeia em querer fortalecer os
países que fazem parte do contente ( abertura
do livro comércio, transação, etc), mas também a formação de uma
cidadania comum entre todos que fazem parte dela, fato esse que não ocorreu na
Europa, que focou mais na economia do que na união entre as pessoas. A economia
é fundamental sim, porém ela deve vir acompanhada com projetos políticos,
sociais e educacionais. O ponto –chave não é somente aumentar a balança
comercial, mas fazer cumprir a paz, solidariedade e harmonia entre as nações, fato esse que não ocorreu na
Europa e que desejamos que o MERCOSUL não repita esse erro.
Brasil e União Europeia : um acordo em andamento.
Relações interrompidas desde 2004, o Brasil quer ter um acordo com a União Europeia, e juntamente com outros integrantes do MERCOSUL para alavancar nossa economia e importações. O objetivo de voltar a discutir esse acordo é a questão da quebra de barreiras para o livre comércio, estabelecimento de parcerias para inovação e cooperação em fóruns econômicos como o G20 (grupo das maiores economias do mundo) para desestimular a guerra cambial.
E essa união já iniciou com um acordo
assinado em 24 de janeiro de 2013, sobre o bem-estar animal, no Palácio do
Planalto, no Brasil, com a presença do ministro interino José Carlos Vaz e a chefe da delegação da União Europeia
no Brasil, embaixadora Ana Paula Zacarias e da presidente Dilma Rousseff e os
presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho
Europeu, Herman van Rompuy.
Eles participaram da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia.
Eles participaram da 6ª Cúpula Brasil-União Europeia.
Esse acordo tem como objetivo a cooperação técnica
juntamente com os Direitos do Consumidor Europeu sobre o consumo de carne. O
acordo visa os cuidados do produtor ao animal, evitando o estresses na criação
até ao abate desse animal, juntamente com os cuidados do manejo da carne que
deve ser imprescindível para uma boa qualidade. Isso se deve porque a Europa é
muito rigorosa com o manejo dos animais, pois isso essas exigências antes de
assinar o acordo.
O protocolo foi
elaborado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por
meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC) com a
colaboração do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA/SDA).
De acordo com o
secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, a parceira
firmada pelo Brasil promove a troca de informações e conhecimentos técnicos
científicos no assunto.
“A assinatura do
termo de cooperação é um avanço no entendimento dos técnicos brasileiros e
europeus, especialmente para estudos e treinamentos, visto as diferenças
significativas entre Brasil e Europa quanto suas condições climáticas,
culturais e logísticas, que interferem significativamente no bem estar dos
animais de produção”, explicou o secretário."
Para reforça sua
fala, a presidente Dilma Rousseff, em seu discurso, discute a importância da
relação entre Brasil e Europa mesmo em
período de crise:
"O comércio do Brasil com a União
Europeia, ele, mesmo nessa situação
de crise internacional que ocorreu no
ano passado, ele mostrou seu
dinamismo, totalizando US$ 96,6
bilhões. E também a União Europeia, como
bloco, continua a ser o nosso principal
parceiro comercial e somos o nono
parceiro comercial da União Europeia.
Com um estoque acumulado de 80
bilhões, atingimos, em 2010, a posição
do quinto maior investidor na União
Europeia, sendo que o Brasil figura
como quarto principal destino dos
investimentos da União Europeia.....”[...].
Sendo assim, esperamos que esses
acordos funcionem e que atende não somente uma pequena parcela da população, ou
país, mas sim à todos que fazem parte desses blocos econômicos.
Conclusão
Acordos são criados
para atender aqueles que fazem parte, e o Brasil com a União Europeia não seria
diferente. Esperamos que esses acordos possam sanar todas as necessidades de
cada países, não deixando que sua população pague por acordos ruins e que ao invés
de dar certo e favorecer a necessidade de todos, ela acaba se tornando uma
flustação e perde de valores, empregos, aumento de taxas, etc.
Bibliografia.
BANDEIRA, Luiz
Alberto Moniz. Relações Brasil-EUA no contexto da globalização:
Rivalidade emergente. São Paulo : Editora Senac,1997.
Discurso
da Presidente da República em 24 de janeiro de 2013. Local Palácio dos
Bandeirantes. Páginas: 02 a 06.
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2575:catid=28&Itemid=23 ( Acessado em 28/01/2013)
http://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/ ( Acessado em
03/02/2013)
http://www.infoescola.com/geografia/mercosul/ ( Acessado em
03/02/2013)
http://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/crise.htm ( Acessado em 03/02/2013)
1 Introdução .............................................................. 3
2. Acordos políticos na História....................................4
3. União Europeia : um grupo em crise........................6
4 MERCOSUL pode aprender com a crise da União Europeia?...........................................................................7
5. Brasil e União Europeia : um acordo em andamento....................................................................................9
6. Conclusão...............................................................11
7. Bibliografia...............................................................12
