terça-feira, 28 de abril de 2015

As escolas públicas no Brasil



Para o sociólogo  Florestan  Fernandes e o italiano Antonio Gramsci militavam em favor do socialismo do qual acreditavam que a educação e a ciência ,tem potencialmente, uma grande capacidade transformadora.Por isso,deveriam ser instrumento de elevação cultural e desenvolvimento socil das camadas mais pobres da população.
Enquanto a revolução burguesa, em especial na França, reinvindicavam uma escola pública e universal para todos,no Brasil, a elite burguesa queria manter a maioria da população culturalmente alienadae afastada das decisões políticas.Fato comprovado pelo descaso desde o periodo do Brasil colonial, que só começara a ser discutida durante a República,devido ao processo de industrialização que avança pelo mundo e inclusive no Brasil.
Com essa mudança global e crise econômica do café (1929), a educação seria a única forma de melhorar o país, como afirmavam os idealizadores do Movimento dos Pioneiros da Educação, fundada o Segundo período da República,fortalecendo a organização dos Estados brasileiros,cuja a nova educação estava calcada nas ideias psicológicas de Lourenço Filho,na contribuição sociológica  de Fernando de Azevedo e no pensamento filosófico de Anísio Teixeira.O Movimento dos Pioneiros da Educação queria a ruptura da Educação Religiosa nas escolas brasileiras comandada pelas ideias da Igreja Católica,e a obrigação do Estado em financiar uma educação Pública e gratuita para todos, pois somente assim, a educação ao alcance de todos, as desigualdades poderiam desaparecer melhorando o poder aquisitivo das pessoas e do país.
As propostas dos autores do Movimento Pioneiro da Educação não foi integralmente atingida no Brasil.Por um lado, aumentou o número de alunos nas escolas pública,principalmente no Ensino Fundamental,por outro lado,a cada ano cai a qualidade de ensino nas escolas.Professores estão carregados de tarefas e para piorar, a remunuração do educador brasileiro é péssimo,fazendo com muitos não queiram mais seguir a carreira do magistério. Porém,não podemos nos esquecer a ousadia desses autores em afirmar que o Brasil precisava de escolas gratuítas e a inclusão de crianças com quatro anos obrigatórias nas escolas ainda prevalecem nos dias atuais.Vale lembrar também que  faltou pensar em educação ao longo prazo e não no imediatismo como eles queriam, enquanto isso, as escolas públicas do nosso país estão cada vez mais no fundo do poço.

Bibliografia:

Ministério da Educação : Coleção EDUCADORES. In: Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova ( 1932) e dos Educadores ( 1959).Editora : MASSANGANA,2010.


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