As tranças e os turbantes são símbolos culturais muito forte na
cultura africana e que volta com tudo para afirmação da nossa
negritude, seja no Brasil, noa Estados Unidos, Jamaica, Colômbia,etc.
O significado deste adorno tão especial para a cultura africana diz
muito sobre o processo de formação da nossa própria cultura.
Conhecer as origens culturais do turbante e da trança através do
tempo e discutir a apropriação cultural deste elemento tão rico é
também uma forma de reconhecer e valorizar a nossa identidade
cultural,sendo também um símbolo de resistência ao aculturamento,
de afirmação de sua identidade cultural e de luta contra a
discriminação e o preconceito racial. A questão é cultural e um
ato político, que vai muito além da moda e do estilo. Os turbantes
e as tranças estão na moda dentro de uma tendência chamada
“étnica”. O que significa que é uma moda pertencente aos
hábitos e costumes de um determinado povo. Este povo, por sua vez,
se identifica culturalmente com este estilo porque foi criado
historicamente por seus ancestrais. Este povo se veste de sua
cultura, de um estilo próprio, que os distingue, reconhece e
valoriza. Entender a história cultural do turbante e da trança, é
se reconectar com nossas origens, com o processo de formação da
cultura brasileira e mundial, visto que o Brasil recebeu influências
de vários continentes, desde os portugueses europeus até o povo
africano e suas várias culturas. Depois disso, as
tranças também estiveram presentes em manifestações como
na Marcha dos Direitos Civis nos Estados Unidos, o movimento Black
Power e no partido dos Panteras
Negras.
Nas religiões africanas, o turbante é um elemento e elo com a nossa
dimensão espiritual. O uso do turbante e suas variadas cores
carregam significados profundos. Ele
é usado para proteger a cabeça que simboliza os pensamentos
e a fé no divino. Para nós negro e negras, trançar o cabelo é
mais do que um código estético, é herança de uma história de
resistência, resiliência e ancestralidade, passada entre mulheres,
geração após geração.
As tranças e turbantes hoje, perpassam os preconceitos e apontam
para uma força ancestral capaz de transformar o mundo da estética.
Estereótipos estão enfraquecendo enquanto a africanidade
fortalecendo. Que as cabeças continuem sendo enfeitadas e mostrando
o poder ancestral.
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